Ferimentos são rompimentos da pele por objetos cortantes(facão, foice, enxada, caco de vidro, etc.) ou perfurantes (prego, espinho, osso pontudo, etc.). Todos os ferimentos, logo que ocorrem, causam dor, sangramento e são vulneráveis a infecções Sempre que ocorrer um ferimento (seja leve, como as escoriações ou profundos, como as feridas), haverá hemorragia, que é a perda de sangue. Dependendo da quantidade de sangue que sai do corpo pela ferida, isso pode levar à morte do acidentado. Os ferimentos com FERRAMENTAS MANUAIS são a maior causa de acidentes na zona rural. Apenas o facão é o responsável, em média, por mais da metade delas. Outras causas de ferimentos são: os implementos agrícolas, quedas, colheita e transporte para o trabalho.
1.1 - CORTES E ARRANHÕESEm ferimentos leves, superficiais e com hemorragia moderada, deve-se:
1- lavar as mãos com água e sabão, antes de fazer o curativo; Se houver suspeita de fratura no local, não lavá-lo com as mãos. No caso de cortes maiores, depois de lavar bem o local, deve-se aproximar as bordas da ferida e colocar um pedaço de esparadrapo, para fixar a pele nesta posição.
1.2 - HEMORRAGIAS
Hemorragia é a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sanguíneo, veia ou artéria, alterando o fluxo normal da circulação. A hemorragia abundante e não controlada, pode causar a morte em 3 a 5 minutos.
Para estancar uma hemorragia é importante que se conheça a localização das principais artérias e veias do corpo.
1 - elevar e manter assim o membro atingido;
Antigamente o torniquete era aplicado até nos casos de picadas de cobra.
Entretanto, devido a falta de perícia do socorrista, hoje em dia, o torniquete só é recomendado nos casos
de amputação ou esmagamento dos membros e, mesmo assim, apenas no braço e na coxa.
No lugar do torniquete pode-se utilizar uma atadura com compressão graduada.
Esta técnica consistem em aplicar a atadura no membro afetado, de forma que esta seja mais apertada no
local da amputação e vá afrouxando a medida que sobe. O torniquete só deve ser usado em casos extremos, pois pode provocar: lesão de nervos e artérias; ausência da circulação sanguínea na área abaixo da lesão; formação de coágulos sanguíneos e substâncias da degeneração celular abaixo do local da aplicação, o que poderia quando solto (o torniquete), chegar até o coração. Por isso, quando usado, o torniquete só deve ser afrouxado ou retirado após a chegada do paciente ao hospital, pelo médico. Na hemorragia interna, como nós não vemos o sangramento, temos que prestar atenção a alguns sinais externos, para podermos diagnosticar e encaminhar ao tratamento médico imediatamente e evitar o estado de choque. Deve-se verificar:
a) pulsação - se o pulso está fraco e acelerado; As providências que devem ser tomadas são as seguintes:
1 - deitar o acidentado, com a cabeça num nível mais baixo que o corpo, mantendo-o o mais imóvel
possível;
1.3 - FERIDA COM EXPOSIÇÃO DE ÓRGÃOS INTERNOSNas feridas extensas e profundas, como no caso de facadas, os intestinos e outros órgãos podem sair e ficar expostos. Neste caso deve-se:
1 - deitar a vítima imediatamente;
1.4 - HEMORRAGIA NASALDentre todas as hemorragias, a nasal, (botar sangue pelo nariz) é a mais comum. É causada por esforço físico, excesso de sol, altas temperaturas, etc. Atendimento recomendado:
1 - tranquilizar a vítima;
1.5 - INTRODUÇÃO DE OBJETOS PONTUDOS NO TÓRAXNas feridas muito profundas causadas por um objeto que foi introduzido no peito (punhal ou estaca, por exemplo), não se deve tentar retirá-lo, pois isso pode agravar a hemorragia e provocar a morte. O acidentado, neste caso, deve ser transportado para o Hospital com o objeto, imóvel, no local mesmo.
1.6 - FERIMENTO NA CABEÇAOs ferimentos na cabeça são muito perigosos, pois podem provocar o traumatismo craniano. Deve-se:
1 - deitar a vítima de costas, sem travesseiro;
A retirada de corpos estranhos (palha, inseto, pestana, etc.) dos olhos,
deve ser feito como indicado a seguir:
1.7 - CONTUSÕES E DISTENSÕESSão lesões provocadas por pancada ou torção, sem ferimento externo. O acidentado sente dor e o local fica inchado. Como proceder:
1 - imobilize e deixe a parte afetada em repouso; e
1.8 - ENTORSEÉ a torção de uma junta ou articulação, com ruptura parcial ou total dos ligamentos. Como proceder?
1 - trate como se fosse uma fratura;
1.9 - FRATURASHá dois tipos de fratura: a fechada, quando o osso se quebra mas a pele não é perfurada; e a exposta, quando o osso está quebrado e a pele é rompida. Dor intensa e impossibilidade de movimentar a região são os principais sinais de fratura. Como proceder:
1 - imobilize o local da fratura e as articulações próximas, acima e abaixo da fratura;
1.9.1 - FRATURAS DE PERNAA imobilização provisória de fratura de perna deve ser feita como indicado na figura ao lado. Enrolar as pontas de um cobertor ou lençol sobre duas tábuas, formando uma espécie de tipóia onde repousará a perna fraturada. Fixar, então, com gravatas, meias ou tiras de pano.
1.9.2 - FRATURA DE FÊMURA imobilização provisória de fratura de fêmur é mostrada na figura ao lado. Enquanto alguém puxa o pé para baixo, o socorrista coloca uma tábua acolchoada comprida sobre o lado externo da coxa e do tronco, e outra, mais curta, do lado interno da perna e da coxa. Fixá-las com ataduras, gravatas ou tiras de pano.
1.9.3 - FRATURA DO BRAÇONa figura ao lado, à esquerda, vemos a imobilização provisória do braço (osso úmero) fraturado. Aplicar tala acolchoada com algodão, de cada lado do braço fraturado. Colocar uma tipóia estreita para sustentar o pulso, e fixar ao corpo o braço acidentado. Na figura da direita, vemos a imobilização provisória de fratura de antebraço. As talas acolchoadas, que se fixam com atadura ou esparadrapo, são colocadas sobre a face anterior e posterior do antebraço. Manter em tipóia o antebraço, como na figura menor.
1.9.4 - FRATURA DA COLUNAA figura ao lado mostra a imobilização provisória para fratura da coluna vertebral. Vê-se aí o acidentado fixado a um bom aparelho, fácil de improvisar com duas tábuas compridas e tres transversais, mais curtas.
1.9.5 - FRATURA DA BACIA
A imobilização provisória de fratura dos ossos da pelve é feita com ligaduras
circulares, que se colocam bem justas desde a parte alta das coxas até a parte superior dos ossos dos quadris.
1.9.6 - FRATURA DO PESCOÇOA figura ao lado mostra a forma de imobilizar o pescoço e a cabeça em caso de fratura da coluna cervical. Convém fazer uma ligadura alta do pescoço com toalhas dobradas. Podem conter pequenas talas, pedaços de madeira ou similar. Pode-se também improvisar um colar cervical de papelão, (com a parte posterior mais alta do que a anterior) unido com fita adesiva e/ou amarrado com barbante.
1.9.7 - FRATURA DO QUEIXOAs 3 figuras ao lado mostram a imobilização provisória para fratura do maxilar inferior (osso móvel do queixo). Consiste em manter ajustado o maxilar fraturado contra o superior.
1.9.8 - FRATURA DO DEDOA imobilização provisória para fratura do dedo pode ser feita como mostrado na figura ao lado, usando-se um abaixa-língua de madeira ou outra tabuinha fina ou tira de papelão resistente, devidamente amarrado com uma atadura.
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