MAPA MENTAL DA CASA ECOLÓGICA

eco-casa

A casa ecológica, eco-casa ou casa verde, é a habitação construída ou adaptada para atender aos apelos ecológicos, ou seja, para agredir ao mínimo o meio ambiente.

8.1 - TELHADO

Por ser a parte da casa mais exposta ao meio ambiente, é aí que se encontra a maioria dos dispositivos de captação de energia. Entre eles, destacamos:

Captação da água da chuva. A instalação de calhas nas bordas baixas das abas do telhado, são suficientes para a captação da água da chuva, que será daí encaminhada a uma cisterna enterrada ou semi-enterrada no solo, ao lado. A água pode servir para consumo (depois de clorada), descarga de privada ou rega.

Coberto por vegetação. Existem telhas sobressalentes feitas com material leve e resistente, próprias para a deposição de terra vegetal e o plantio de vegetais, comestíveis ou não, para cobrirem totalmente o telhado. Retêm água e dissipam o calor.

Telhas de celulose. Fabricada pela multinacional francesa Onduline, instalada no Brasil há um ano, essas telhas de fibra de celulose (retirada de papéis já utilizados) e impermeabilizadas com betume asfáltico, são mais leves e mais duráveis que as telhas de cerâmica (Telhado à base de papel, O Globo, Morar Bem, 25/11/07, pág.3). Consomem menos água na sua fabricação; não quebram; são mais fáceis de cortar; reduzem a quantidade de madeira usada na cobertura; e absorvem o calor.

Lâmpadas de garrafas PET. A instalação de garrafas PET com água no telhado, parte exposta ao sol e a maior parte no interior da habitação, servem durante o dia como lâmpadas improvisadas, poupando a instalação de lâmpadas convencionais e, assim, poupando energia elétrica.

Coletores solares. Feitos de placas com elementos foto-voltáicos ou improvisado com garrafas PET, os coletores solares colocados no telhado servem para o aquecimento de água para banho e/ou pia, economizando cerca de 30% na conta de energia.

Turbina eólica. As pequenas turbinas eólicas instaladas pouco acima do telhado, podem carregar baterias e, estas, alimentam pequenos eletrodomésticos no interior da residência: lâmpadas, TV, refrigerador e outros.

8.2 - PISO

O piso externo das residências podem colaborar com o meio ambiente de três modos, se ele for:
a) permeável - possibilitando a penetração da água da chuva e, com isso, alimentando o lençol freático e evitando o escorrimento superficial;
b) gramado - do mesmo modo que o piso permeável, retendo e infiltrando a água da chuva, além de amenizar o micro-clima; e
c) com árvores - cumprindo as funções de retenção do piso e do gramado e, além disso, reduzindo os ventos, a poluição (visual e do ar) e propiciando sombra, frutos e lazer contemplativo.

8.3 - MATERIAIS

As construções de alvenaria e concreto costumam agredir o meio ambiente de várias formas. Seja pela retirada de materiais da Natureza (areia, terra, madeira, água, etc.), como pelo não aproveitamento das sobras (entulho), que costumam engrossar o lixo depositado nos aterros sanitários. Algumas soluções ecologicamente corretas para os materiais de construção são:
a) o uso de madeira certificada;
b) o emprego do bambu;
c) a adoção de materiais reciclados; e
d) o uso do adobe na construção.

8.4 - CÔMODOS

Se no telhado são instalados os dispositivos para captar energia (hidráulica, solar e eólica), é nos cômodos que os Arquitetos e Sanitaristas aplicam seus conhecimentos para dar maior conforto térmico aos moradores, economizar energia e dar o destino adequado ao lixo, aos gases e até ao óleo de fritura usado. Algumas das adaptações sugeridas nos cômodos da eco-casa, estão as seguintes:

Pé direiro. Quando a altura do piso ao teto é igual ou superior a 3 metros, o ar aquecido sobe, propiciando maior conforto térmico aos moradores. Isso era comum nas construções antigas.

Banheiro. Este cômodo pode ser dotado de descarga econômica nas privadas e de torneiras temporizadoras nas pias, a fim de economizar água. Muitas vezes, a simples troca de uma carrapeta ou borracha de vedação de uma torneira que se encontrava pingando, já faz a diferença na economia mensal de água.

Cozinha. Costuma ficar na cozinha os latões para que se proceda à coleta seletiva de lixo nas residências. É sob a pia da cozinha que pode ser colocada também uma garrafa PET para coletar o óleo de fritura usado, em vez de ser despejado na canalização de esgoto, obstruindo-a com o tempo. Nas habitações de baixa renda, a construção de fogões à lenha de alvenaria e com o desenho adequado, elimina a maioria dos gases que poderiam poluir o ambiente.

Ventilação cruzada. A instalação de aberturas no extremo superior das paredes de cômodos contíguos, pode propiciar a ventilação cruzada e, em conseqüência, aumentar o conforto térmico dos habitantes. A adoção de um simples lanternim (abertura no topo do telhado), produz o mesmo efeito.

Uso de lâmpadas fluorescentes. Essas, são bem mais econômicas do que as incandescentes, embora disponham de mercúrio no seu interior em dosagens comprometedoras ao meio ambiente. Assim, cuidado ao dispô-las, considerando-as depois de usadas, como lixo tóxico.

Iluminação natural. Assim como no caso do pé direito alto, característico das antigas construções, a iluminação natural deveria ser a tônica das habitações modernas. Isso pode ser feito com telhas translúcidas, janelas mais amplas e uso de maiores áreas envidraçadas.

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