MAPA MENTAL DOS ESTUDOS AMBIENTAIS

estudos ambientais

1.1- Dados básicos

Todo estudo ambiental visa, de alguma forma, comparar o estado atual de degradação do ambiente com uma situação anterior (de não-degradação) ou ideal. Assim, a etapa inicial tem por fim, justamente, reunir o que existe registrado na empresa sobre consumo e produção, além de Normas, Leis e Regulamentos já publicados (1a. etapa - Dados básicos) e que, por comparação com a realidade (2a. etapa - Estudos complementares); conduzir a um Diagnóstico ambiental (3a. etapa) e que possa orientar um Plano de ação (4a. e última etapa dos Estudos Ambientais).

1.1.1 - Normas técnicas
As Normas, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e mesmo as do grupo ISO (International Standard Organization), servirão de balizamento para se aferir o grau de poluição e ou conformação a ser detectado nos Estudos complementares.

1.1.2 - Consumo
Sabemos que as agressões ambientais, no seu conceito mais amplo e atual, não se limitam à poluição do ar, solo e mananciais. Tem a ver, também, com o consumo excessivo de água, energia elétrica e materiais, pois estes bens, para a sua produção, pressionam os recursos naturais, gastam energia e emitem gás carbônico, aumentando o efeito estufa. Nesta etapa, portanto, é útil que sejam levantados dados sobre o consumo de água para a produção dos bens industriais (m3/t de produto, p.ex.), o gasto de energia elétrica para o mesmo fim (Kwh/t) e o uso de outros materiais de consumo (kg lenha/t vapor, p.ex.).

1.1.3 - Produção
A produção física (número de unidades produzidas por dia ou por mês) e o uso da mão-de-obra (número de empregados por turno), são dados básicos que, mais tarde, podem colaborar no Diagnóstico ambiental da 3a. etapa dos Estudos Ambientais.

1.2 - Estudos complementares

Os estudos complementares, compostos por levantamentos, medições (caso necessárias) e procedimentos, têm por finalidade: completar e reforçar os dados básicos, levantados na etapa anterior.

1.2.1 - Levantamentos
Entre os levantamentos a serem realizados nesta etapa citamos, p.ex., aqueles relativos ao consumo de energia elétrica e de materiais de consumo, além dos gastos com água.

1.2.2 - Medições
Numa indústria alimentícia, p.ex., podem ser medidos in loco o consumo de água em cada um dos principais processos; a simples visão posterior dos per cápita, pode chamar a atenção para o gasto exagerado numa certa etapa do fluxo industrial, sugerindo um estudo mais atento da metodologia que está sendo empregada, a fim de implantar um dispositivo ou sistemática tendente a reduzir o consumo de água. Se esse gasto exagerado se dá num dos banheiros, pode-se pensar em trocar o anel de vedação para evitar vazamentos ou torneiras temporizadoras. A produção de resíduos (lixo comum e resíduos industriais ou hospitalares) é, também, uma das medições imprescindíveis.

1.2.3 - Procedimentos
Procedimentos de caracteres técnicos (adequação às Normas), administrativos (exigências ambientais e de capacitação do pessoal) e operacionais (atendimento às rotinas de trabalho usuais), servem para consolidar os Estudos complementares de modo que sirvam de suporte ao Diagnóstico ambiental.

1.3 - Diagnóstico ambiental

O Diagnóstico ambiental é o resultado prático dos Estudos Ambientais e deve fornecer um retrato fiel dos problemas encontrados na unidade sob foco. Desse modo, deve referir-se, principalmente, aos problemas de energia, de resíduos e os processos atuais.

1.3.1 - Energia
O relatório que materializa o diagnóstico, no campo da energia, deve mostrar se há um consumo exagerado de água na unidade analisada, onde e por que. O mesmo com relação ao consumo de energia elétrica. As alternativas técnicas, econômicas e operacionais para a redução desses insumos, também devem fazer parte do diagnóstico para, na etapa posterior (Plano de ação), uma delas poder ser escolhida e implantada. A substituição das lâmpadas incandescentes por outras de vapor de mercúrio (ou outras que, no futuro, sejam mais adequadas e menos agressivas ao meio ambiente), freqüentemente, é uma das sugestões apresentadas no Diagnóstico ambiental.

1.3.2 - Resíduos
Os resíduos domésticos, industriais e hospitalares, costumam ser as agressões ambientais mais freqüentes encontradas nos Diagnósticos. Dentre esses resíduos, por sua agressividade, destacam-se os esgotos, o lixo e os gases poluentes. Ultimamente, fazem parte da longa lista de resíduos tóxicos, as lâmpadas fluorescentes (por causa do mercúrio) e o chamado lixo tecnológico (cartuchos usados de impressoras, placas e outros equipamentos de informática).

1.3.3 - Processos
Os processos administrativos e operacionais da empresa são parte importante do Diagnóstico ambiental, já que são eles que devem operacionalizar as mudanças nas rotinas necessárias à mitigação dos danos ambientais diagnosticados.

1.4- Plano de ação

O Plano de ação vem a ser a materialização do Diagnóstico, no que tange às correções e adequações às agressões ambientais encontradas nos Estudos. Divide-se, basicamente, em 3 vertentes: Auditorias, Adequações e Retro-alimentação.

1.4.1 - Auditorias
As auditorias são inspeções técnicas periódicas, feitas por técnicos da empresa ou de firmas certificadoras externas (caso da concessão das ISOs), com o objetivo de verificar se as normas ambientais estão sendo cumpridas.

1.4.2 - Adequações
São ajustes/enquadramentos às Normas técnicas e ambientais vigentes (Dados básicos) e Regulamentos internos (estes, elaborados com base no Diagnóstico), com vistas a corrigir os erros e excessos praticados pela empresa.

1.4.3 - Retro-alimentação
Todo processo dinâmico, requer a constante mudança de parâmetros (ajustes), com vistas à perfeição. Nos Estudos ambientais não é diferente e, a cada dia, pode ser necessária a adoção de um procedimento que, como na sintonia de uma estação de rádio, permita o ponto exato da audição sem ruídos.

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